The Racing Factory discutiu taco-a-taco supremacia no Rali da Água
Armindo Araújo e Luís Ramalho, campeões nacionais em título, lutaram até ao último metro pelo triunfo na prova, garantindo um brilhante 2º lugar, continuando na luta pelo título nacional absoluto.
Já Victor Senra e David Liste brilharam nesta incursão pelo campeonato português, alcançando um notável Top 4.
O Rali da Água Transibérico Eurocidade Chaves Verín, penúltima prova da temporada do Campeonato de Portugal de Ralis, fi palco de mais uma demonstração de força da The Racing Factory. Numa temporada em que o fator sorte nem sempre esteve presente, a equipa tem demonstrado toda a sua qualidade e garra, ultrapassando todos os momentos difíceis e estando, como sempre, na discussão das vitórias e dos títulos.
A vitória escapou por muito pouco à TRF, num rali que, para além das condições meteorológicas dantescas, teve ainda alguns incidentes que influenciaram o desenrolar da prova, sobretudo por causa de decisões tomadas que, no mínimo, poderão ser consideradas pouco condizentes com a defesa da verdade desportiva.
Em termos desportivos, Armindo Araújo e Luís Ramalho estiveram simplesmente brilhantes, provando porque, entre os dois, seguem dentro do Skoda Fabia RS dez títulos nacionais!
Ao ataque desde o quilómetro inicial, Armindo Araújo assumiu-se como o primeiro líder do rali e transformou-se num dos dois protagonistas de um duelo incessante pela vitória, com a diferença entre ele e Kris Meeke a nunca ser superior a 7,8 segundos e a liderança a mudar de dono cinco vezes ao longo das 10 classificativas da prova.
A atribuição de tempos administrativos na Power Stage, correspondente à segunda passagem por uma especial onde, na passagem inaugural, Armindo Araújo tinha sido claramente mais rápido, bem como a anulação, já depois da prova ter terminado, de um controlo horário onde o seu adversário direto entrou por avanço, a exemplo de outros pilotos, o que, obrigatoriamente e em condições normais de cumprimento escrupuloso do regulamento, o penalizaria fortemente, acabaram por ser fatores que prejudicaram a possibilidade de Armindo Araújo vencer a prova, conseguindo, mesmo assim um excelente 2º lugar, o que coloca a dupla da The Racing Factory com reais possibilidades de ir ao Rali Vidreiro disputar a revalidação do título.
Quanto a Victor Senra, o consagrado multicampeão galego não deixou créditos por mãos alheias e esteve sempre na luta pelos lugares de topo, concluindo o duro rali no 4º lugar, contribuindo assim para um excelente resultado de conjunto da The Racing Factory.
No final, Aloísio Monteiro, CEO da TRF, assumia um misto de satisfação e indignação pelo desenrolar e desfecho da prova:
“Estamos obviamente muito orgulhosos com a demonstração de capacidade e competitividade da nossa equipa e dos nossos pilotos. O Armindo voltou a provar que é um piloto com um ritmo de Mundial e merecia a vitória, sem qualquer dúvida. Quanto ao Victor Senra, foi um orgulho para a equipa tê-lo connosco e foi um prazer ver como foi capaz de ombrear com os melhores pilotos nacionais, mesmo sem conhecer o carro e o rali. Mas, não podemos deixar de expressar a nossa indignação com tudo o que sucedeu e com as decisões tomadas que, no nosso entender, falsearam a verdade desportiva e prejudicaram de forma clara o Armindo, o Luís e a nossa equipa. Tudo tentamos para fazer ver à organização quão errado estava a ser a sua atuação, infelizmente sem sucesso. Resta-nos agora analisar e agir consoante a regulamentação nos permita, junto das autoridades. Mas, aconteça o que acontecer, a verdade desportiva deste campeonato está já em causa!”